De novo o Grupo Mendes Caldeira marca presença numa grande avenida na cidade. Mas, neste caso, o pioneirismo é ainda mais impressionante. Quinze anos antes de São Paulo começar a se deslocar massivamente para o eixo da marginal Pinheiros, o Grupo erguia, no entroncamento com a avenida Bandeirantes, o prédio que levou o nome do irmão de Nelson, Wilson Mendes Caldeira, e que também se tornou um marco visual da cidade, tal como o CBI-Esplanada 25 anos antes. Em todas as imagens aéreas feitas da cidade hoje em dia, o Wilson Mendes Caldeira - sede dos escritórios do Grupo - aparece como um ícone urbano, naquela região que envolve as avenidas Cidade Jardim, Juscelino Kubitschek, Brigadeiro Faria Lima e Luis Carlos Berrini, a mais valorizada na última década. A arquitetura do prédio acompanha essa atualidade: seu formato curvo, que acompanha o viaduto Bandeirantes, como um portal, um parêntese para toda a região de Itaim e Vila Olímpia que esta atrás, com sua agitação única. É uma prova de que arquitetura não é só a concepção de um prédio bonito: é também a inserção criativa dele no espaço urbano. Por isso é um emblema de sua ocupante.
Texto: Daniel Piza